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O governo federal anunciou nesta terça-feira (28) a criação de um posto de acolhimento humanitário no Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte, para receber brasileiros deportados dos Estados Unidos. A decisão foi tomada após uma reunião no Palácio do Planalto, coordenada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a participação de ministros e integrantes das Forças Armadas.
A medida surge em resposta aos problemas enfrentados no último voo de deportação, que trouxe 88 brasileiros no sábado (25). Passageiros relataram maus-tratos, como algemas durante toda a viagem, privação de alimentos e banheiros, além de problemas técnicos no ar-condicionado da aeronave. Após uma escala em Manaus, a Polícia Federal determinou a retirada das algemas, e os deportados foram transferidos para um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) até o destino final.
A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, destacou que o posto de acolhimento terá como objetivo garantir condições dignas aos repatriados, evitar a separação de famílias e oferecer apoio, como políticas de inclusão no mercado de trabalho. “Toda nossa expectativa é trabalhar para garantir que famílias não venham separadas e que esses passageiros tenham boas condições”, afirmou.
O Itamaraty também buscará, por meio de canais diplomáticos, padronizar as operações de deportação com os Estados Unidos, assegurando o respeito aos direitos humanos. Em média, ocorrem de 12 a 14 voos de deportação de brasileiros dos EUA por ano, com destino principal no Aeroporto de Confins, devido à grande quantidade de mineiros entre os deportados.