No ultimo dia 26 de agosto de 2024, completam-se 30 anos de ausência física do poeta Joaquim Gil Corrêa (J. Gil Corrêa), uma autêntica vocação poética que versejava com a simplicidade dos predestinados.
Nascido em 07/05/1956, Gil era membro cofundador da Casa do Poeta de Amparo, entidade que foi por ele presidida; ele tinha uma especial atuação na divulgação do município de Amparo através do jornal “O Menestrel”, órgão de divulgação dessa entidade literária (atualmente inativa), bem como no incentivo às crianças e aos jovens para que ingressassem ou se desenvolvessem no mundo literário, divulgando, por todos os meios possíveis, os primeiros escritos dos aspirantes a poetas.
Funcionário de carreira do INSS de Amparo, desenvolveu, durante longos anos, um dedicado trabalho voluntário na APAE de Amparo.
Gil militava na seara espírita e dedicava muito de seu tempo e de sua energia ao Espiritismo.
Em 1987, lançou seu único livro de poemas intitulado “Mutação”, livro esse que eu guardo em minha modesta estante entre meus livros mais preciosos, com generosa dedicatória datada de 10/03/1993. Ele assinava seus escritos como “Gil de Arkadas”.
Quase consigo revê-lo, pelas ruas centrais de Amparo, trajando, sempre, um “jeans” surrado, uma camiseta polo azul (quase um uniforme!) e, debaixo do braço, uma pasta com elástico, também azul, repleta de poemas, documentos e demais papéis... Por incontáveis manhãs, fui visitá-lo, em sua concorrida mesa, no INSS (quando a sede dessa autarquia federal ficava ao lado do Grande Hotel), para tratarmos de poesia.
Sua partida, prematura, aconteceu no dia 26 de agosto de 1994, aos 37 anos de idade, no pleno vigor da inteligência e do entusiasmo, consternando o povo de Amparo, principalmente o distrito de Arcadas, onde ele residia.