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Política

📰 O dia em que o jornalismo se calou

Publicada em 10/04/25 às 10:54h - 152 visualizações

@PaulinhoCunha


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📰 O dia em que o jornalismo se calou
Censura  (Foto: Internet)

Na última semana, o jornalismo brasileiro passou vergonha. De novo.

Seis jornalistas da ESPN, profissionais experientes, respeitados, com anos de estrada, foram afastados temporariamente após criticarem a gestão do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, durante o programa "Linha de Passe". Sim, você leu certo. Foram afastados por fazer jornalismo. Por comentarem, com base em fatos, uma matéria séria publicada pela Revista Piauí, que denuncia uma gestão autoritária, marcada por assédio moral e intimidação nos bastidores da entidade máxima do futebol nacional. (Aqui, cabe um reconhecimento: parabéns ao jornalista da Piauí, Allan de Abreu, pela coragem e pelo compromisso com a verdade. Em um cenário onde tantos se omitem, seu trabalho representa o que o jornalismo deveria ser todos os dias).

E qual foi a resposta da ESPN, uma das maiores emissoras esportivas do país? Silêncio e punição. A emissora não defendeu seus profissionais. Preferiu tirá-los do ar. Lavou as mãos. Alegou, de forma quase cínica, que "não havia sido consultada previamente". Desde quando jornalista precisa pedir permissão para exercer a sua consciência? Desde quando o medo passou a ditar as pautas?

Esse episódio revela algo ainda mais profundo e grave: o jornalismo brasileiro, em boa parte, se acovardou.

A ESPN não está sozinha nesse caminho vergonhoso. Não esqueçamos o que a Jovem Pan fez entre 2021 e 2022: afastou comentaristas políticos por ousarem dizer o que pensavam, por terem opinião. Foram sumariamente retirados do ar, sem explicações convincentes, sob a sombra de um medo latente de retaliações políticas. Uma autocensura envergonhada, disfarçada de “reestruturação editorial”.

A verdade é que o jornalismo no Brasil, com raras e honrosas exceções, se ajoelhou diante do poder. Seja o poder político, institucional, financeiro ou ideológico. Perdeu a coragem. Perdeu a vergonha na cara. Hoje, a grande imprensa escolhe qual "verdade" mostrar, e qual esconder. A informação virou produto. A notícia virou negócio. E a ética, peça de museu.

Vivemos a era da “cortina de fumaça”: temas banais ganham manchetes, enquanto os assuntos importantes, os que doem, os que mudam o país, são deixados de lado. O povo é distraído com polêmicas fabricadas, enquanto decisões absurdas são tomadas nos bastidores. E o jornalismo, que deveria denunciar, se limita a noticiar o óbvio. Quando não, apenas aplaude.

Quer um exemplo grotesco? Jornalistas que bradam com fúria pela prisão de uma mulher que passou batom numa estátua, como se isso fosse um atentado terrorista (como a de 2017, Ministérios foram invadidos e depredados por black blocks), mas se calam covardemente diante de juízes que soltam estupradores, assassinos e traficantes como se fossem meros infratores. Que jornalismo é esse? Que justiça seletiva é essa?

O jornalismo brasileiro se prostituiu. Vende sua voz por um punhado de likes, por um patrocínio a mais, por manter uma relação cordial com quem jamais deveria ser blindado. A CBF não pode ser intocável. Políticos não podem ser bajulados. E veículos de comunicação que se dizem sérios não podem punir jornalistas por dizerem o que precisa ser dito.

Afastar profissionais por criticarem uma instituição, ainda que brevemente, é mais do que censura: é cumplicidade. É compactuar com o silêncio. É matar, aos poucos, a liberdade de expressão.

E quando o jornalismo se cala por medo ou conveniência, quem perde é a sociedade. Perdemos todos nós. Porque onde não há coragem para dizer a verdade, há espaço de sobra para a mentira prosperar.

Quando o jornalismo se cala, a democracia sangra.




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