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A Polícia Civil de São Paulo, com o apoio do Ministério Público, conduz uma investigação sobre supostas irregularidades no contrato de patrocínio firmado entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet. O foco está na suspeita de desvio de parte da comissão de intermediação, no valor de R$ 25,2 milhões, para empresas de fachada, com indícios de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Em abril de 2025, o presidente do clube, Augusto Melo, foi ouvido como investigado, ao lado de outros ex-diretores. Os depoimentos apresentaram contradições relevantes, especialmente sobre o papel de Alex Cassundé, representante da empresa intermediária, que afirmou ter conhecido a VaideBet por meio de uma pesquisa no ChatGPT — versão considerada inconsistente pelas autoridades.
Em 8 de novembro de 2024, o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do PCC, foi executado no saguão do Aeroporto de Guarulhos. Ele colaborava com o Ministério Público em investigações sobre lavagem de dinheiro e corrupção policial. A polícia acredita que sua morte foi uma “queima de arquivo”. Na ocasião, Gritzbach carregava joias de alto valor, supostamente para quitar dívidas com o crime organizado. Imagens de segurança revelaram o crime, e policiais militares estão entre os suspeitos presos.
Informações da delação de Gritzbach e dados bancários da investigação indicam que empresas envolvidas no contrato com a VaideBet teriam sido usadas para lavar dinheiro do PCC. Isso levanta a suspeita de que o clube, ainda que indiretamente, tenha sido usado em um esquema maior de movimentação de dinheiro ilícito.
A empresa responsável pela intermediação, a Rede Social Media Design Ltda, recebeu os R$ 25,2 milhões do Corinthians e posteriormente transferiu parte dos valores à Neoway Soluções Integradas. O sócio desta última, no entanto, declarou não ter qualquer vínculo com o clube, o que reforça as suspeitas em torno da operação. Essas movimentações financeiras são hoje o principal foco da investigação em curso.
O Corinthians anuncia um contrato histórico de patrocínio máster com a casa de apostas VaideBet, no valor de R$ 370 milhões por três anos.
A negociação é intermediada pela empresa Rede Social Media Design LTDA (RSM).
O contrato é celebrado como um dos maiores já firmados por um clube brasileiro.
Surgem rumores e questionamentos internos no clube sobre os valores pagos à empresa intermediária RSM.
Conselheiros solicitam esclarecimentos à diretoria sobre os termos da intermediação.
A imprensa revela que o Corinthians pagou R$ 25,2 milhões em comissão à RSM, levantando suspeitas sobre a idoneidade da empresa.
Informações apontam que parte dos valores teria sido repassada a terceiros por meio de empresas de fachada.
Há indícios de que o presidente Augusto Melo e membros da diretoria tinham conhecimento da operação.
A VaideBet exige explicações oficiais do clube e ameaça rescisão contratual.
A denúncia chega ao Conselho Deliberativo do Corinthians, que passa a discutir medidas internas.
A Polícia Civil de São Paulo, com apoio do Ministério Público, inicia investigação formal sobre a intermediação.
O empresário Alex Cassundé, da RSM, presta depoimento e afirma que foi o clube quem ofereceu o pagamento da comissão.
Descobre-se que a RSM transferiu valores a uma empresa que nega envolvimento com o caso.
A VaideBet afirma que não reconhece a RSM como intermediária do negócio.
A VaideBet rompe o contrato de patrocínio com o Corinthians por quebra de confiança e falta de esclarecimentos.
A oposição interna intensifica a pressão pela renúncia ou impeachment de Augusto Melo.
Conselheiros protocolam novos pedidos formais de destituição, com base em gestão temerária e reprovação das contas de 2024.
Uma auditoria independente é requisitada; discute-se também a abertura de uma CPI interna no clube.
O presidente nega irregularidades, mas reconhece que o caso “gera desgaste”.
A votação do processo de impeachment foi agendada para o dia 26 de maio de 2025, com tendência de aprovação diante da perda de apoio político, inclusive da Gaviões da Fiel.